Calcular o preço de venda
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Um dos segredos para o sucesso nos negócios é saber calcular o preço de venda adequado
de seus produtos. Precificar as suas vendas corretamente pode aumentar o quanto você vende, criando a base para um negócio que irá prosperar, enquanto erros em sua estratégia de preços podem criar problemas que sua empresa terá dificuldades de superar.

Existem vários tipos diferentes de estratégias de preços nos negócios.
No entanto, não existe uma abordagem infalível e baseada em fórmulas
que se adapte a todos os tipos de produtos, negócios ou mercados.
O preço de seu produto geralmente envolve a consideração de certos fatores-chave, incluindo identificar seu cliente-alvo, rastrear quanto os concorrentes estão cobrando
e compreender a relação entre qualidade e preço.

Por um lado, a boa notícia é que você tem bastante flexibilidade para definir os preços. No entanto, essa também é pode ser uma má notícia, pois abre muito espaço para erros e perda de retorno financeiro no seu negócio. Para evitar que isto aconteça, é essencial entender o básico de como calcular o preço de venda dos seus produtos ou serviços de forma a manter sua empresa sempre rentável e lucrativa.

Neste artigo, vamos ver um passo a passo de como atender às suas metas de negócios na definição de preços de produtos, quais fatores considerar ao definir os preços e como determinar se você deve aumentar ou diminuir seus valores. Confira a seguir 6 passos para calcular o preço de venda do seu produto e não erre mais ao obter o seu retorno financeiro!

Passo 1: Calcule seus custos diretos e indiretos

O primeiro passo de como calcular o preço de venda dos seus produtos é entender os seus custos diretos. Os custos diretos incluem o custo das matérias-primas, com taxas, frete ou despesas de remessa, mais os custos de mão de obra direta que são incorridos para produzir um produto ou fornecer um serviço. Assim, vão desde a compra de matéria-prima, reposição de mercadorias no estoque, e manutenção dos equipamentos de produção, até o salário das equipes de produção.

Os custos indiretos, por sua vez, representam o custo de produção de um produto ou prestação de um serviço pronto para venda. Se você é um varejista ou fabricante, seu custo total inclui seus custos diretos mais outros custos, como suprimentos gerais, frete e despesas de fábrica que são incorridas para produzir e entregar o produto ao seu cliente. Se você for um transportador ou atacadista, seu custo de vendas incluiria seus custos diretos mais custos como mão de obra e custos de equipamento ou de instalação, se houver um armazém ou garagem, por exemplo.

Uma maneira simples de calcular o preço de venda no que diz respeito aos custos é somar os valores das matérias-primas ou do produto, salários, benefícios, despesas de amortização e despesas gerais de fábrica. As despesas de amortização, também conhecidas como depreciação, referem-se ao custo dos equipamentos e instalações que são usados ​​na produção e entrega dos serviços prestados aos seus clientes.
Os custos gerais da fábrica, por sua vez, podem incluir itens
como custos de serviços públicos e supervisão.

Passo 2: Calcule as suas despesas

A maioria dos proprietários de negócios tem uma boa noção dos custos que precisam ser recuperados ao vender um produto ou serviço, mas nem sempre levam em consideração as despesas que, em última análise, afetam a lucratividade.

As despesas englobam o quanto você precisa gastar para vender os produtos, ou seja, são valores utilizados para gerar a receita da empresa. Isso inclui os valores gastos com administração e lançamento no mercado, independentemente de seus volumes de fabricação ou vendas. As despesas gerais são normalmente chamadas de “despesas fixas” porque esses valores não aumentam (ou diminuem) necessariamente se o volume de produtos variar. Assim, você precisa incluir estas despesas de funcionamento para calcular seu ponto de equilíbrio com precisão.

Neste sentido, alguns exemplos das principais despesas a serem consideradas quando calcular o preço de venda do seu produto são o salário do setor administrativo,
o valor do pró-labore, a conta de telefone e internet, o aluguel, depreciação
e aquisição de materiais para escritório, e o impostos, entre outros.

Passo 3: Descubra seu ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é a quantidade de reais em vendas que você precisa gerar para recuperar todas as suas despesas e ter um lucro de R$0. Para entender melhor, vamos ver um exemplo: suponha que a sua empresa recebeu R$10.000,00 vendendo 1.000 unidades a R$10,00 cada. Neste cenário, os custos de produção de cada unidade somam 60% do valor final da peça, e as suas despesas com a empresa totalizam em R$4.000,00.

Assim, o seu ponto de equilíbrio é a venda de 1.000 unidades, pois com o valor recebido você é capaz de pagar os custos de produção (que serão R$6.000,00 para esta quantidade)
e os R$4.000,00 das suas despesas, sem receber lucro neste nível de vendas.
Qualquer venda acima deste volume já terá o valor excedente dos custos de produção contabilizado como lucro para a empresa.

Passo 4: Estipule uma margem de lucro

A margem de lucro é expressa como uma porcentagem do valor das mercadorias vendidas. É definida para tentar garantir que a empresa receba uma margem de lucro alta o suficiente para ser capaz de pagar por seus custos e despesas ao mesmo tempo em que obtém o lucro esperado. Para entender como calcular a sua margem de venda, vamos novamente a um exemplo prático.

Digamos que a sua empresa, que possui R$4.000,00 de despesas fixas, tem como objetivo operar com o lucro de R$3.000,00 – mas tem como estimativa que será capaz de vender apenas 800 unidades em um mês, uma quantidade abaixo do seu ponto de equilíbrio.
O custo do produto é de R$6,00 por unidade, o que gera uma renda bruta de R$4,00
a cada venda. Isso significa que será necessário ter um preço mais alto
e, agora, você deve recalcular sua margem de lucro para garantir
que a empresa tenha o lucro operacional desejado.

Para isso, some o custo de produção para a quantidade de vendas estimada com suas despesas fixas e o lucro esperado. Neste caso, temos o valor de 800xR$6,00 + R$4.000,00 + R$3.000,00, resultando em R$11.800,00 que deverão ser alcançados com a venda de 800 unidades. Desta forma, cada um dos seus produtos deverá ser vendido a R$14,75
para que você cubra todos os seus custos, despesas, e atinja a lucratividade desejada vendendo a quantia estimada de produtos.

Passo 5: Analise a competição

Como os preços de seus concorrentes podem ter um impacto direto sobre o que você pode cobrar, é fundamental conhecer seu mercado para calcular o preço de venda dos seus produtos ou serviços. Aprenda tudo o que puder sobre seus concorrentes, o que eles estão oferecendo e seus preços, pois isso lhe dará uma noção do ritmo atual do mercado e também pode lhe dar algumas ideias sobre como se diferenciar.

A empesa que já pagou todo o seu equipamento pode ser capaz de cobrar taxas mais baixas do que os concorrentes que não o fizeram. Mas, se você não pode competir em custo,
pode, em vez disso, oferecer um serviço melhor. Por exemplo, você poderia cobrar mais,
mas com a promessa de que entregará o produto mais cedo
do que qualquer outro concorrente.

Passo 6: Calcular o preço é uma tarefa constante

O ambiente de negócios está em constante mudança e isso pode afetar seus objetivos
e margens de lucro. A definição do orçamento anual é um bom momento para ver
como seus custos com insumos, energia, mão de obra, taxas de juros, impostos
e muito mais podem estar aumentando.

Se você aumentar os preços, é uma boa prática explicar pessoalmente aos seus clientes
os motivos. E continue observando o que a concorrência está fazendo: se todos os outros estão aumentando o que cobram, não há razão para que você não deva fazer o mesmo.

Você já conhecia estes detalhes de como calcular o preço de venda dos seus produtos e serviços? Continue acompanhando o nosso blog para mais dicas de negócios!

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